O Fundo Monetário Internacional divulgou um comunicado elogiando o “quadro robusto de políticas do Brasil”, depois das consultas anuais com autoridades econômicas do país, encerradas em 14 de julho. O Fundo atribui à política governamental o crédito pela recuperação econômica rápida, depois da recessão do ano passado.
O FMI elogia a “reação política oportuna” à crise financeira global e encoraja os esforços atuais para desfazer as medidas de estímulo fiscal e reduzir a “rigidez dos gastos“, de modo a conseguir um superávit primário mais alto. Superávit primário é a economia que o governo faz para o pagamento de juros da dívida pública. O relatório destaca também o vigor do setor financeiro do Brasil e diz que os bancos controlados pelo governo “desempenharam um papel crítico ao prevenir uma perda potencialmente grande de produção“, quando os bancos privados reduziram a concessão de crédito. Contudo, o documento adverte contra os “gastos quase fiscais” relacionados ao crédito público.
O Fundo reconhece que o real “parece sobrevalorizado” e a possível necessidade de controles “temporários” sobre os fluxos de capital, para aliviar a pressão sobre a moeda. Mas acrescenta que ajustes fiscais são necessários para tratar do problema no longo prazo.
O FMI também endossa a estratégia de desenvolvimento para o longo prazo do Brasil e destaca a necessidade de mais investimentos, tanto públicos como privados, especialmente em infraestrutura, para melhorar a competitividade e o potencial de crescimento do país.
Fonte: R7