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12 dicas de oratória para falar bem em público

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Você fica nervoso quando tem uma apresentação ou perde as palavras em entrevistas de emprego? Se sim, fique sabendo que o medo de falar em público é algo bem recorrente e a melhor parte é que existem técnicas para ajudar a superar a aversão!

De acordo com a pesquisa da agência de notícias Business Wire, 75% dos jovens tem medo de falar em público, o que supera até mesmo o medo por cobras e pela morte. Quem sente falta de ar, tremor na voz, suor nas mãos e “borboletas no estômago” quando precisa se apresentar ao público, sabe que esse medo é prejudicial à carreira de qualquer pessoa e pode afastar diversas oportunidades.

E como perder esse medo e melhorar a oratória? O Portal de carreiras da Fundação Estudar,  Na Prática,  listou alguns truques para aprimorar a atividade e torná-la menos assustadora e mais eficaz:

1) Tenha um início ou um fim impactante

Há diversas maneiras de começar conquistando a atenção da plateia. É possível começar pelo fim, olhar para o passado, projetar um futuro, fazer uma piada ou pedir que as pessoas façam algo, por exemplo. E ilustrar seu ponto de alguma maneira, seja com uma história ou uma anedota, pode ser o melhor caminho.

2) Treine (bastante) suas falas

Autora do bestseller “O Poder dos Quietos”, Susan Cain virou um hit das TED Talks quando discutiu o assunto. Ela própria introvertida, conseguiu superar seus medos e tornou-se uma palestrante disputada. Cain conta que a chave para superar o desafio de falar em público foi praticar suas falas em grupos pequenos, onde se sentia à vontade. “Precisei me dessensibilizar”, disse. “Eventualmente, você se acostuma com a sensação esquisita de ser observada, que costumava me deixar horrorizada. Seu medo se dissipa. ”Se não tiver tempo de treinar tudo, foque na introdução. Ela é o ponto-chave na hora de controlar seus nervos. Algumas pesquisas apontam que, após os primeiros 30 ou 60 segundos de apresentação, os níveis de ansiedade caem de maneira significativa. Afinal, você não está inventando aquilo tudo na hora.

3) Seja você mesmo

Para o empreendedor Peter Sims, falar sobre coisas em que você acredita também é um ponto fundamental. Saber muito bem o que você quer dizer e conhecer seu público são, em sua opinião, o que há de mais importante.

4) Tenha um tema central

Saiba qual é a mensagem principal que você quer passar, atenha-se a ela e deixe-a clara para o público. Assim, mesmo que você perca a linha de raciocínio sem querer, vai ficar mais fácil.

5) Controle o seu ritmo

O controle da velocidade e do tom da voz passam uma sensação de autoconfiança para público, assim como baixar seu tom no final de uma frase transmite poder. Também cheque se você está respirando fundo e exalando pelo nariz, duas coisas que ajudam o corpo a se manter calmo.  Ir rápido demais no conteúdo que você planejou passar é uma armadilha comum, e pode te deixar com um tempo de sobra que você vai passar maus bocados para conseguir preencher.  Controle, também, sua vontade de falar sem parar e preencher cada silêncio entre uma frase e outra com “hum” e “ah”. Silêncios são bons! As pausas são essenciais para dar um bom ritmo ao seu discurso, e você não deve evitá-las.

6) Respire fundo

Existem dois grandes problemas de entonação que prejudicam uma apresentação em público: uptalk (quando suas afirmações soam como perguntas) e vocal fry (quando a voz fica baixa e falha, principalmente no final das frases). Para Alison Shapira, professora de Harvard, o segredo para contornar esses obstáculos é respirar fundo. Para isso, o que se deve fazer é ficar em pé, colocar uma mão sobre a sua barriga e uma mão em seu peito. Depois, Inspire profundamente, percebendo qual mão se move. A maioria das pessoas, quando respira, levanta o peito para cima e para baixo, mas o ideal é manter o peito firme e tentar levar a respiração para a altura do estômago quando estiver inspirando. Em seguida expire lentamente, como se tivesse deixando o ar sair devagar de um balão.

7) Sorria

O poder de um sorriso não deve ser subestimado: ele é capaz de deixar sua fala mais acolhedora. E o cérebro humano é tão atento ao ato que é capaz de discernir dezesseis tipos de sorrisos mesmo que esteja apenas escutando a voz. Ou seja, sorria ao telefone também.

8) Lembre que a plateia perdoa erros

No livro “Um. . .: Slips, Stumbles, and Verbal Blunders, and What They Mean”, o autor Michael Erard escreve que erros de fala – gaguejar, esquecer, errar os sons – ocorrem, em média, uma vez a cada dez palavras. “Se as pessoas falam em média 15 mil palavras por dia, são 1500 erros verbais diários”, escreveu.

Como este é um traço comum, o público entende que erros acontecem. Errou? Siga em frente. As pessoas querem saber como você reage para saber como devem reagir também.

9) Reduza seus níveis de estresse

Há infinitas maneiras de se estressar, especialmente quando já existe uma predisposição para procurar fatores estressantes. Também há infinitas maneiras de reduzir esses fatores, como chegar cedo ao local para não se preocupar com o horário, andar pela sala para se acostumar com ela, praticar exercícios físicos no dia ou conversar com membros da plateia antes da fala.

Transformar estranhos em “amigos” pode render bons frutos caso você erre, já que encontrar um rosto solidário é uma maneira de se tranquilizar no ambiente e voltar ao trabalho.

10) Seja vulnerável

Caso sua fala inclua uma sessão de perguntas e respostas, é importante estabelecer que você não sabe absolutamente tudo – nem sua plateia deveria saber. Caso alguém te pergunte algo que você não sabe, confesse e pergunte o que ela acha sobre o assunto. Deixar o clima mais informal também é uma maneira de deixar os ouvintes menos passivos e elimina a distância entre o palestrante e o público.

11) Conheça seu corpo

Graças à sua TED Talk, a psicóloga Amy Cuddy fez milhões de pessoas praticarem suas “poses poderosas” em casa. “Quais as expressões não verbais de poder e dominação?”, perguntou ela. “No reino animal, elas são sobre expansão. Então você se faz grande, se estica, ocupa espaço, basicamente se abre. É sobre se abrir. E os humanos fazem igual.”

O que tende a acontecer, explicou, é que nosso comportamento reflete o do outro. Se uma pessoa exerce poder sobre nós de maneira não verbal, tendemos a nos diminuir em relação a ela. E como corpo e mente estão conectados, Cuddy queria descobrir se era uma via de mão dupla ou se a mente dominava.

Sua resposta é que nossas mentes mudam nossos corpos, assim como nossos corpos mudam nossas mentes. Ou seja, fazer poses “poderosas” simples faz com que você se sinta de fato mais poderoso.

“Antes de encararem a próxima situação estressante, onde serão avaliados, tentem fazer isso por dois minutos – no elevador, no banheiro, na sua mesa com as portas fechadas”, resumiu. “Configure seu cérebro para cooperar ao máximo naquela situação. Levante o seu nível de testosterona e abaixe o de cortisol. Deixe a situação sentindo: ‘Ah, eu realmente disse e mostrei a eles quem sou’.”

12) Conheça seu cérebro

O célebre psicólogo Daniel Kahneman, vencedor do Nobel e autor de “Rápido e devagar: Duas formas de pensar”, diz que o cérebro humano se lembra de apenas duas coisas sobre um evento: o ápice emocional, seja ele bom ou ruim, e o fim.

Essa regra neurológica cria um resumo mental sobre a experiência, que os seres humanos resgatam quando pensam como foi aquele momento e como se sentiram. Essa lembrança influencia quando a pessoa decide se quer (ou não) ter aquela experiência novamente.

De acordo com Kahneman, a duração da experiência ou a proporção de prazer e desprazer influenciam pouco no resumo. Ou seja, mesmo que você tenha gaguejado dez vezes e seus slides não abriram, se o ápice emocional e o fim da sua fala forem bons, o resultado também será.


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