
A mudança para o destino da arrecadação na Reforma Tributária é um dos pontos que mais exigirá atenção dos contadores, especialmente daqueles que atendem empresas com operações interestaduais.
Com a chegada da CBS e do IBS, a lógica de arrecadação dos tributos sobre o consumo passa a considerar o local do consumidor final, e não mais o estado de origem da mercadoria ou serviço.
Essa alteração, que busca corrigir distorções históricas e tornar a repartição mais justa entre os estados, traz impactos significativos para a rotina contábil.
Neste artigo, vamos explicar como essa mudança afeta a contabilidade prática, quais os desafios para empresas que atuam em vários estados e como os escritórios contábeis podem se antecipar para garantir conformidade desde os primeiros ajustes. Acompanhe!
- Leia também: Substituição tributária e extinção do ICMS: o que muda para a contabilidade com a Reforma Tributária
O que muda com a arrecadação por destino na Reforma Tributária
Com a aprovação da Reforma Tributária, uma das transformações mais relevantes é a adoção do modelo de arrecadação no destino. Isso significa que os tributos sobre o consumo (CBS e IBS) deixarão de ser recolhidos no estado de origem da operação e passarão a ser atribuídos ao estado onde o consumidor final está localizado.
Essa mudança representa uma virada importante na lógica tributária brasileira. Até agora, empresas recolhiam impostos como o ICMS no estado onde estavam sediadas ou onde a mercadoria era produzida.
Com o novo modelo, será necessário considerar o local de consumo como base para calcular e recolher os tributos, alterando completamente a forma como as operações são registradas, escrituradas e conciliadas.
Além de buscar mais justiça fiscal entre os estados, esse modelo exige que a contabilidade esteja preparada para classificar corretamente as operações interestaduais, parametrizar os sistemas de acordo com os destinos e acompanhar novas obrigações acessórias que surgirão com essa descentralização.
Ou seja, a transição para a arrecadação por destino vai além de uma simples mudança de cálculo, impactando diretamente a forma como as empresas estruturam sua contabilidade tributária e exigindo uma postura mais estratégica dos escritórios.
Quais os impactos contábeis da arrecadação no destino
Para os escritórios contábeis, a nova lógica de arrecadação traz reflexos diretos no dia a dia.
Um dos principais é a necessidade de adaptar os sistemas e processos para lidar com apurações separadas por estado, o que exige maior controle nas parametrizações e nos cadastros dos clientes.
Além disso, será fundamental revisar a forma como as operações interestaduais são registradas e conciliadas, já que as obrigações acessórias devem ganhar novas exigências técnicas e mais detalhamento.
Outro ponto de atenção é o aumento do volume de informações exigidas. Com mais dados para declarar, cresce também a necessidade de contar com tecnologia integrada e rotinas bem definidas, a fim de evitar inconsistências, retrabalho e penalidades.
Ainda que o cenário traga desafios, ele também representa uma oportunidade de evolução. Com os ajustes certos e o apoio das ferramentas adequadas, seu escritório pode se adaptar com segurança e se destacar oferecendo um serviço cada vez mais estratégico aos clientes.
Como preparar seu escritório contábil para esse novo modelo
Embora o novo modelo de arrecadação traga mudanças relevantes, é possível se adaptar com segurança, desde que seu escritório comece a se preparar desde já.
A seguir, veja algumas ações práticas que podem facilitar essa transição:
Revise os cadastros com atenção ao local de consumo
Agora, mais do que nunca, os dados cadastrais precisam estar atualizados e alinhados com a nova lógica de apuração por estado. Garantir que o endereço do tomador e a natureza da operação estejam corretos é fundamental para evitar erros e autuações.
Reforce os processos de escrituração fiscal
Com a arrecadação baseada no destino, a escrituração deve refletir com exatidão cada operação, respeitando a segregação por UF. Isso exige ajustes nos processos internos e alinhamento entre os times fiscal e contábil.
Invista em sistemas que já estejam preparados para a transição
Nem todos os softwares do mercado estão prontos para lidar com a nova complexidade. Por isso, contar com uma solução que permita a apuração por estado e ofereça suporte às novas exigências da CBS e IBS faz toda a diferença.
Capacite a equipe para a nova realidade tributária
Treinamentos e atualizações constantes serão essenciais nos próximos meses. Manter a equipe informada sobre as mudanças técnicas e legais ajuda a evitar retrabalho e garante maior assertividade nas entregas.
Adaptar-se à nova lógica de arrecadação não precisa ser um processo complicado, mas exige iniciativa, organização e as ferramentas certas ao seu lado. Quanto antes seu escritório começar a se estruturar, mais fácil será garantir conformidade e atender os clientes com segurança e eficiência, mesmo em meio às mudanças.
A Nasajon pode ajudar seu escritório na adaptação ao novo modelo
Diante de tantas mudanças trazidas pela Reforma Tributária, contar com um parceiro confiável faz toda a diferença. E é justamente nesse ponto que a Nasajon se posiciona como aliada do contador.
Nossos sistemas já estão preparados para atender à lógica de arrecadação por destino, com suporte à apuração por estado, geração de informações compatíveis com os novos tributos e integração entre os módulos contábil, fiscal e financeiro. Tudo isso pensado para tornar sua rotina mais simples, mesmo em um cenário de transição.
Além disso, com soluções como o Simulador da Reforma Tributária, você pode antecipar impactos, orientar seus clientes com base em dados reais e tomar decisões com mais segurança.
A adaptação pode até ser inevitável, mas ela não precisa ser solitária. Com o apoio certo, seu escritório pode transformar esse momento em uma oportunidade de evolução e continuar entregando valor, estratégia e confiança para cada cliente.
Fale com um especialista e veja como nossas soluções podem facilitar sua transição para o modelo da CBS e IBS.
(FAQ) O que você precisa saber sobre a arrecadação por destino na Reforma Tributária
1. O que significa “arrecadação no destino”?
Agora, os tributos sobre o consumo (como CBS e IBS) serão recolhidos pelo estado onde o consumidor final está localizado, e não mais no estado de origem da empresa que vende o produto ou presta o serviço.
2. Quais tributos passam a seguir essa nova lógica?
A nova lógica se aplica principalmente à CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e ao IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que irão substituir tributos atuais como PIS, Cofins, ICMS e ISS, de forma gradual, durante o período de transição previsto na Reforma.
3. Como isso afeta a contabilidade das empresas?
A contabilidade precisará considerar o estado do consumidor final no momento da apuração dos tributos, o que implica em ajustes nos sistemas, maior controle nos cadastros e atenção redobrada à escrituração fiscal, especialmente em operações interestaduais.
4. O que os contadores devem fazer desde já?
É importante que os contadores comecem o quanto antes a revisar os cadastros dos clientes, atualizar a parametrização dos sistemas, capacitar suas equipes sobre as mudanças previstas e avaliar se as soluções que utilizam estão preparadas para lidar com a apuração por destino e as novas obrigações acessórias.
5. A Nasajon já oferece suporte a essa nova realidade?
Sim. A Nasajon vem atualizando seus sistemas para atender às exigências da CBS e do IBS, com recursos que permitem a apuração por estado, geração de relatórios compatíveis com o novo modelo e integração completa entre contabilidade, fiscal e financeiro.