Tem interesse em investir, mas não sabe como começar? Nós preparamos algumas dicas que podem ajudar
Investir é uma forma de empregar o dinheiro que você economizou nas chamadas “aplicações rentáveis”, que por sua vez, rendem. Seja em forma de juros, remuneração ou correção monetária. Nesse sentido, muitas pessoas resolvem investir visando objetivos e sonhos futuros: conquistar uma casa, um carro, uma viagem ou uma aposentadoria tranquila.
Nos últimos anos, houve um aumento exponencial do número de investidores. Segundo os dados da Bolsa Brasil Balcão (B3), o número de pessoas físicas cadastradas na bolsa cresceu 92% ao longo do último ano, o que significa cerca de 3,5 milhões de cadastros. As mulheres representam 26,5% desse grupo, uma diferença de 179.392 em 2018 para 809.533 em 2020.
Neste artigo você receberá algumas dicas de como começar a organizar suas finanças e os tipos de ações que você pode investir.
Além disso, indicaremos alguns livros que podem te auxiliar nessa jornada.
Veja como se organizar para dar o primeiro passo no mercado financeiro
Sabemos que o dinheiro é importante nas nossas vidas e saber economizar seus recursos é um ponto importante. No entanto, para que ele seja valorizado é preciso saber administrá-lo.
Por exemplo, não é vantajoso deixar suas economias paradas em uma conta bancária ou guardadas em casa, pois com o tempo esse dinheiro desvaloriza frente à inflação ou tem pouca rentabilidade na poupança. Por esses motivos, você já deve ter ouvido falar dos investimentos.
Para começar você não precisa ser milionário ou fazer grandes aplicações. É possível investir com pouco dinheiro, já que existem diversas alternativas de investimentos para todos os públicos, níveis de conhecimento e tempo de dedicação.
Passos para começar a investir
Planejamento financeiro
Faça uma análise de entrada e saída dos seus gastos. Divida entre despesas fixas (aluguel, prestação do imóvel), variáveis (contas de energia, água), extras (material escolar, uniforme, gastos essenciais, porém pontuais) e livres (delivery do fim de semana, roupas).
A partir dessa divisão, faça uma revisão do seu orçamento e identifique onde pode economizar, assim você terá mais dinheiro para investir. Atualmente existem diversos aplicativos que podem te ajudar nessa organização, vale também as tradicionais planilhas.
Objetivos
Antes de começar os investimentos, é preciso ter em mente o que você quer. Assim, trace seus objetivos e metas, pois eles serão uma motivação para você. Liste e separe-os em curto, médio e longo prazos e associe de acordo com os investimentos que quer fazer e o valor que será investido. Além disso, é preciso considerar que cada investimento terá seu prazo de validade e de resgate.
Identificar seu perfil
Os perfis dos investidores se dividem em três tipos: os chamados conservadores não gostam de arriscar e priorizam investimentos com liquidez. Já os moderados são aqueles que não abrem mão da segurança na hora de investir, mas estão dispostos a se arriscar para conseguir uma rentabilidade maior. E por último, os agressivos que são conhecidos por possuírem maior conhecimento e serem mais radicais ao enfrentar riscos de perdas ou ganhos maiores.
Quite suas dívidas
Antes de fazer qualquer investimento, o ideal é que você use essas economias para colocar em dia aquela conta atrasada ou negociar aquela dívida. Assim, você fica mais livre para organizar suas finanças.
Faça uma reserva de emergência
O primeiro objetivo na hora de investir é construir sua reserva de emergência. O ideal é que seja o suficiente para cobrir seu orçamento de 6 a 12 meses caso aconteça um imprevisto, como ficar desempregado.
Os mais indicados para guardar sua reserva de emergência são os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), são oferecidos pelos bancos para captação de fundos, além de possuir proteção e pagar rendimentos diários.
Abra uma conta em uma corretora ou banco
Para começar a investir é necessário abrir uma conta em uma corretora de valores ou ver as possibilidades de investimentos do seu banco. Essas instituições financeiras recebem as ordens de compra ou venda de ações dos clientes. Elas oferecem múltiplas alternativas de investimento.
Tipos de investimentos
Normalmente, os iniciantes em investimentos começam pela reserva de emergência e aos poucos passam a aportar na renda fixa e até mesmo apostar na renda variável. Vamos conferir as diferenças.
Renda fixa
Por definição, a renda fixa é aquela que você “empresta” dinheiro ao emissor (governo, bancos ou empresas). A forma de cálculo de rendimento é definida desde o momento da aplicação, você recebe o valor que foi aplicado mais os juros. São eles:
- Tesouro Direto
- CDB (Certificado de Depósito Bancário)
- Fundos de investimentos de renda fixa
- LCI (Letra de Crédito Imobiliário)
- LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)
- CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários)
- LC (Letras de Câmbio)
Renda variável
São chamadas de renda variável aqueles investimentos que a fórmula de cálculo é imprevisível no momento da aplicação. A remuneração varia de acordo com as tendências do mercado. Portanto, os investimentos da renda variável são mais incertos e não costumam ser indicados para quem está começando.
Se mesmo assim quiser investir, é necessário estudar bastante sobre o tema. Os tipos de renda variável são inúmeras, mas as principais são:
- Bitcoin
- Fundos de Investimentos
- Ações
Indicação de livros
Quando o assunto é investimento, buscar conhecimento é fundamental para você entender sobre o mercado financeiro. A partir dessa bagagem você terá uma análise mais certeira sobre as melhores decisões e formas de aplicar o dinheiro. Para isso, separamos alguns livros para te ajudar.
Orçamento sem falhas, da Nath Finanças (Amazon)
Guia prático Me poupe!, de Nathalia Arcuri (Editora Sextante)
Finanças para autônomos, de Eduardo Amuri (Benvirá)
O mais importante para o investidor, de Howard Marks (Grupo Edipro)
Por Beatriz Evangelista