
A reforma tributária está prestes a entrar em vigor e já começa a provocar importantes mudanças na empresa, exigindo que gestores revisem processos internos, especialmente nas áreas de precificação, faturamento, compliance e integração de sistemas.
Mesmo com a promessa de simplificação, o novo modelo traz desafios que vão muito além da contabilidade e demandam atenção imediata à gestão.
Neste artigo, você vai entender como a reforma tributária impacta a estrutura interna das empresas e conhecer as cinco principais mudanças que ela vai exigir. Acompanhe!
Panorama da reforma: a maioria das empresas ainda não está preparada
A menos de três meses do início da fase de transição da Reforma Tributária, o nível de preparação das empresas brasileiras ainda é baixo.
Um estudo da All Tax, empresa especializada em automação fiscal e tributária, revelou que apenas 9,5% das companhias estão realmente prontas para a mudança.
A pesquisa, realizada com 408 profissionais de 222 empresas, mostra que apenas 13,5% consideram suas organizações preparadas para as novas exigências, enquanto mais de 40% ainda estão em processo de adaptação. O cenário é ainda mais preocupante quando se observa que entre 9% e 10% sequer iniciaram um plano de preparação.
Esses números reforçam que, embora a reforma traga avanços importantes, a adaptação interna das empresas será um dos maiores desafios, especialmente para quem ainda depende de processos manuais ou sistemas desatualizados.
5 mudanças que a Reforma Tributária vai exigir internamente
A Reforma Tributária não vai alterar apenas a forma como as empresas pagam impostos, ela vai transformar a maneira como elas operam internamente. Da precificação à emissão de notas, passando pelo compliance e pela integração entre áreas, as mudanças exigem organização, tecnologia e planejamento.
A seguir, você confere as cinco principais mudanças internas que a reforma vai trazer e o que sua empresa precisa fazer para se adaptar com tranquilidade.
1. Revisão da precificação e formação de preços
Com a chegada da CBS e do IBS, o cálculo dos impostos sobre produtos e serviços muda. Com isso, a formação de preços também precisa ser revisada. As novas alíquotas podem alterar margens e até mudar a competitividade em determinados setores.
- Reveja custos e margens de lucro: o valor final pode variar conforme o tipo de operação e a incidência dos novos tributos.
- Simule cenários financeiros: entender o impacto da CBS e do IBS antes de reajustar preços ajuda a evitar decisões precipitadas.
- Atualize planilhas e sistemas de precificação: automatizar os cálculos reduz erros e traz previsibilidade.
- Comunique mudanças com clareza: explicar os ajustes a clientes e fornecedores fortalece a confiança e evita ruídos comerciais.
O preço certo será aquele que considera não apenas o custo do produto, mas também o novo contexto tributário.
2. Ajustes no processo de faturamento e emissão de notas fiscais
Com a substituição de PIS, Cofins, ICMS e ISS por CBS e IBS, e a reformulação do IPI com o Imposto Seletivo (IS), as notas fiscais precisarão seguir novos padrões. Isso afeta diretamente o faturamento e a rotina do setor financeiro.
- Verifique se o seu sistema de emissão está atualizado: ele deve ser capaz de incluir os novos tributos de forma automática.
- Padronize o processo entre filiais e unidades: a CBS é federal, mas o IBS é compartilhado entre estados e municípios, o que exige cuidado extra na parametrização.
- Garanta integração com o setor contábil: quanto mais alinhadas estiverem as áreas, menor o risco de inconsistências.
- Evite controles manuais: erros simples de cálculo ou de alíquota podem gerar multas ou atrasos na escrituração.
A adaptação no faturamento será uma das mais críticas, e a tecnologia será a principal aliada para garantir precisão e agilidade.
- Leia também: Notas fiscais e reforma tributária: veja como os módulos da Nasajon já estão atualizados para CBS e IBS
3. Reforço nas práticas de compliance e controle tributário
A nova estrutura tributária exigirá das empresas mais transparência e controle das informações fiscais. Como o modelo da CBS e do IBS segue o padrão de imposto sobre valor agregado (IVA), erros ou omissões em etapas anteriores podem comprometer a apuração final.
- Fortaleça a governança fiscal: revise políticas internas e fluxos de aprovação de notas e lançamentos.
- Centralize informações tributárias: manter dados em um único sistema facilita auditorias e evita divergências.
- Implemente rotinas de conferência automática: relatórios automatizados reduzem riscos de inconsistência e facilitam o compliance.
- Garanta rastreabilidade dos dados: a reforma valoriza a transparência, logo, quanto mais claros forem os registros, melhor.
Empresas que mantêm o compliance em dia terão mais facilidade para lidar com fiscalizações e para aproveitar créditos tributários corretamente.
4. Integração entre áreas e atualização de sistemas de gestão
Com a reforma, as áreas fiscal, financeira, contábil e de vendas precisarão trabalhar de forma mais conectada. Isso porque qualquer alteração tributária afeta desde o cálculo do imposto até o preço final e o relatório gerencial.
- Integre informações entre departamentos: a comunicação entre setores evita retrabalho e melhora o controle de dados.
- Atualize o ERP e os sistemas de apoio: eles devem acompanhar a legislação e garantir cálculos automáticos corretos.
- Priorize soluções que se adaptam ao multi-regime: muitas empresas têm operações com regimes diferentes e precisam de flexibilidade.
- Monitore relatórios consolidados: visão integrada facilita decisões estratégicas e controle do caixa.
A reforma exige que as empresas deixem de trabalhar em silos e adotem uma gestão integrada, apoiada por tecnologia.
5. Capacitação das equipes e adaptação cultural
Por fim, nenhuma mudança será eficaz se as pessoas não estiverem preparadas para colocá-la em prática. A reforma tributária não é apenas uma mudança técnica, é também uma mudança de mentalidade.
- Invista em treinamentos: mantenha sua equipe atualizada sobre as novas regras e procedimentos.
- Aproxime as áreas fiscal e financeira: o diálogo constante evita falhas de comunicação e acelera a adaptação.
- Incentive uma cultura de aprendizado contínuo: as atualizações da reforma serão graduais até 2033, ou seja, o aprendizado precisa acompanhar o ritmo.
- Conte com parceiros especializados: apoio de consultores e fornecedores de software torna o processo mais leve e assertivo.
Empresas que priorizam o desenvolvimento das pessoas estarão mais preparadas para lidar com o novo sistema e aproveitar as oportunidades que ele trará.
Como a Nasajon pode ajudar sua empresa a se adaptar à Reforma Tributária
A chegada da Reforma Tributária marca uma nova fase para as empresas brasileiras. Embora o objetivo seja simplificar o sistema, a transição envolve muitos ajustes internos: revisão de processos, atualização de sistemas, capacitação das equipes e, acima de tudo, segurança na gestão fiscal e financeira.
É nesse cenário que contar com o suporte de uma tecnologia confiável faz toda a diferença.
O ERP da Nasajon já está preparado para atender às novas exigências da CBS e do IBS, automatizando cálculos, atualizando notas fiscais e garantindo que as operações sigam em conformidade com as regras que entram em vigor a partir de 2026.
Além disso, o sistema oferece relatórios detalhados e comparativos, permitindo que gestores visualizem o impacto das mudanças no fluxo de caixa, nas margens e na precificação. Tudo isso com atualizações contínuas e um suporte técnico especializado, que acompanha as fases da reforma até 2033.
Se a sua empresa ainda está se preparando para a nova realidade tributária, este é o momento de agir. Fale com um especialista da Nasajon e descubra como modernizar sua operação, garantir conformidade e aproveitar a Reforma Tributária como uma oportunidade de crescimento.