
OKRs e BSC são dois dos principais modelos de gestão utilizados na atualidade. Ambos oferecem abordagens distintas para alinhar equipes e medir resultados, mas qual deles é o mais indicado para o seu negócio?
Inegavelmente, no dinâmico mundo dos negócios, a implementação de um modelo de gestão eficaz é crucial. Assim sendo, ele guia a empresa rumo a seus objetivos e otimiza a performance. Com isso, definir qual metodologia utilizar em seu negócio é um passo importanto rumo ao sucesso dos seus resultados.
Portanto, ao longo deste artigo, vamos analisar a fundo esses dois frameworks a fim de entender a fundo suas especificidades. Confira as principais informações e decida qual o melhor para a sua empresa.
Entendendo as metodologias
O que são OKRs?
Dessa forma, desenvolvidos na Intel nos anos 1970 e popularizados pelo Google, os OKRs são uma metodologia ágil de gestão baseada em dois componentes principais:
– Objectives (Objetivos): metas qualitativas, ambiciosas e inspiradoras que respondem à pergunta “O que queremos alcançar?”.
– Key Results (Resultados-Chave): indicadores quantitativos que medem o progresso em direção aos objetivos, respondendo a “Como saberemos se alcançamos o que planejamos?”.
Então, os OKRs operam em ciclos curtos (normalmente trimestrais), o que permite ajustes rápidos diante de mudanças no mercado. Desse modo, sua implementação promove transparência, já que todos na organização têm acesso aos objetivos definidos, criando um senso de responsabilidade compartilhada.
Além disso, estudos mostram que empresas que adotam OKRs de forma eficiente experimentam um crescimento de receita até 27% maior, segundo dados da Betterworks (2021). Assim, startups e empresas de tecnologia, como LinkedIn e Spotify, são exemplos clássicos de organizações que se beneficiam dessa abordagem ágil.
O que é o Balanced Scorecard (BSC)?
Criado por Robert Kaplan e David Norton nos anos 1990, o BSC é um modelo de gestão estratégica que vai além dos indicadores financeiros tradicionais. Ele se baseia em quatro perspectivas interligadas:
– Financeira (lucratividade, ROI)
– Clientes (satisfação, fidelização)
– Processos internos (eficiência operacional)
– Aprendizado e crescimento (inovação e desenvolvimento de talentos)
Desse modo, diferentemente dos OKRs, o BSC tem um foco mais amplo e de longo prazo, geralmente com ciclos anuais ou plurianuais. Segundo a Bain & Company (2018), cerca de 50% das grandes empresas globais utilizam essa metodologia ou suas variações, especialmente em setores onde o planejamento estratégico detalhado é crucial.
Principais diferenças entre OKRs e BSC
Embora ambas as metodologias tenham como objetivo melhorar o desempenho organizacional, suas abordagens são significativamente diferentes:
Critério | OKRs | BSC |
Temporalidade | Curto prazo (ciclos trimestrais) | Longo prazo (ciclos anuais) |
Flexibilidade | Alta (adaptação rápida) | Baixa (estrutura mais fixa) |
Definição de metas | Bottom-up e top-down | Top-down (hierárquico) |
Foco principal | Execução e resultados imediatos | Planejamento estratégico integrado |
Indicadores | Key Results (KRs) | KPIs tradicionais |
Como escolher o modelo certo para sua empresa?
A decisão entre OKRs e BSC deve considerar três fatores principais:
01. Cultura organizacional: empresas com culturas mais ágeis e colaborativas tendem a se adaptar melhor aos OKRs. No entanto, organizações com estruturas hierárquicas bem definidas podem preferir o BSC.
02. Tamanho e setor: startups e empresas de tecnologia geralmente se beneficiam da flexibilidade dos OKRs. Em contrapartida, grandes corporações, especialmente em indústrias mais estáveis (como manufatura ou serviços financeiros), podem extrair mais valor do BSC.
03. Necessidade de foco vs. visão ampliada: se a prioridade é impulsionar resultados específicos em um curto espaço de tempo, os OKRs são a escolha certa. Porém, se o objetivo é alinhar toda a organização em torno de uma estratégia de longo prazo, o BSC se mostra mais eficaz.
É possível combinar OKRs e BSC?
Sim! Muitas empresas adotam uma abordagem híbrida, usando o BSC para definir a estratégia macro e os OKRs para executar iniciativas específicas em ciclos curtos. Por exemplo:
– Uma multinacional pode usar o BSC para alinhar suas metas anuais de crescimento.
– Ao mesmo tempo, equipes específicas podem definir OKRs trimestrais para impulsionar projetos de inovação ou expansão de mercado.
Em síntese, é possível utilizar a visão estratégica de longo prazo do BSC para definir as grandes prioridades da empresa. Em seguida, os OKRs podem ser implementados em nível tático e operacional para detalhar e executar essas prioridades em ciclos mais curtos. Assim, essa combinação permite aproveitar o melhor dos dois mundos: a visão estratégica do BSC e a agilidade dos OKRs.
OKRs e BSC: qual modelo adotar?
Por fim, não existe uma resposta única para todas as empresas. Em princípio, a escolha entre OKRs e BSC deve ser baseada em seu modelo de negócio, cultura organizacional e objetivos estratégicos.
Ademais, se você busca agilidade e foco em resultados imediatos, os OKRs podem ser a melhor opção. Mas, se o que sua empresa precisa é de uma visão estratégica integrada e de longo prazo, o BSC tende a ser mais adequado.
Portanto, o mais importante é implementar o modelo escolhido com clareza, envolvendo todas as equipes e garantindo que os objetivos estejam alinhados com a estratégia geral da organização. Com isso, independentemente da metodologia adotada, o sucesso dependerá de uma execução bem planejada e de uma cultura de acompanhamento constante. Conte com a Nasajon para auxiliá-lo durante todo esse processo.