A chegada da CBS e do IBS vai muito além de uma simples troca de tributos. Ela exige uma grande reorganização das rotinas contábeis. E um dos pontos centrais dessa adaptação será a revisão do plano de contas, que precisará refletir com precisão as novas regras de apuração e creditamento da Reforma Tributária.
Isso porque a forma como insumos, receitas e operações são classificados no plano de contas influenciará diretamente no cálculo dos créditos tributários e no cumprimento das novas obrigações acessórias. Um erro nessa estrutura pode gerar inconsistências, perda de créditos e até penalidades fiscais.
Neste artigo, vamos mostrar por que o plano de contas ganha um novo protagonismo com a reforma, o que precisa ser ajustado desde já e como seu escritório pode garantir conformidade com segurança e eficiência. Acompanhe!
Por que o plano de contas ganha mais importância com a Reforma Tributária
Com a chegada da CBS e do IBS, o plano de contas deixa de ser apenas um instrumento de organização para se tornar uma peça central na conformidade fiscal.
A nova estrutura tributária exige uma identificação mais criteriosa das receitas, insumos e operações, já que essa classificação será determinante para o cálculo de créditos e para o atendimento às obrigações acessórias.
Nesse novo cenário, falhas na codificação podem resultar em perda de créditos e até em autuações por inconsistência de informações.
Por isso, o contador precisará olhar para o plano de contas não apenas como uma rotina administrativa, mas como um elemento estratégico para garantir segurança e precisão na apuração tributária.
O que muda no plano de contas com a chegada da CBS e IBS
Com a substituição do PIS, Cofins e ICMS por CBS e IBS, os contadores precisarão revisar a estrutura atual do plano de contas para que ela reflita corretamente a nova lógica de apuração tributária.
Isso significa que classificações genéricas ou pouco detalhadas deixarão de ser suficientes, especialmente para garantir o aproveitamento adequado dos créditos.
Além disso, será necessário mapear contas específicas para identificar os insumos que geram crédito, separar receitas por tipo de operação e criar categorias alinhadas às novas exigências acessórias.
Essa reorganização ajuda não só na escrituração correta, mas também no cruzamento automático de dados com o fiscal, que será cada vez mais exigido com a digitalização da fiscalização.
Em resumo, adaptar o plano de contas à nova realidade não é apenas recomendável, é essencial para manter a empresa ou o cliente em conformidade com a Reforma Tributária.
Como classificar corretamente receitas, insumos e operações
A estrutura do plano de contas será uma aliada essencial para garantir que todas as movimentações contábeis estejam de acordo com as exigências da CBS e IBS. A seguir, veja como organizar os principais grupos de forma estratégica e segura:
Receitas
Para garantir a correta apuração dos tributos, será necessário classificar as receitas de forma mais detalhada. É importante distinguir, por exemplo, receitas de operações internas, interestaduais e de exportação, já que a base de cálculo e o local de incidência do tributo podem variar.
Além disso, receitas com regimes diferenciados, como Simples Nacional ou imunidades, também devem ser mapeadas com atenção no plano de contas. Isso evita erros na apuração e facilita o cumprimento das obrigações acessórias futuras.
Insumos
No caso dos insumos, a classificação correta será ainda mais sensível, pois impacta diretamente no direito ao crédito da CBS. É importante que o contador adote um critério técnico, considerando a relevância do insumo para a atividade econômica da empresa, conforme será definido em norma complementar.
Além disso, manter a documentação de suporte organizada e vinculada às contas específicas do plano será fundamental para evitar glosas em auditorias ou cruzamentos automáticos.
Outras operações
Algumas operações exigem tratamento diferenciado, como as que envolvem incentivos fiscais, isenções ou regimes específicos. Para essas situações, criar subcontas no plano contábil pode facilitar tanto a apuração quanto o controle.
A nova legislação exigirá mais detalhamento, por isso, antecipar essa organização agora pode poupar tempo e evitar retrabalho quando a CBS e o IBS entrarem plenamente em vigor.
Passo a passo para revisar e ajustar seu plano de contas contábil
A adaptação ao novo modelo tributário pode parecer complexa à primeira vista, mas com organização e planejamento, seu escritório contábil pode conduzir esse processo com segurança.
Confira abaixo um passo a passo para revisar o plano de contas de forma eficiente:
1. Faça um diagnóstico da estrutura atual
Antes de qualquer mudança, é fundamental entender como o plano de contas está organizado hoje. Identifique contas genéricas, inconsistências e lacunas que podem dificultar a classificação de receitas, insumos e operações.
2. Mapeie os impactos da CBS e IBS nas contas existentes
Com base nas novas regras, avalie quais contas precisarão ser ajustadas para refletir corretamente os critérios da CBS e IBS. Dê atenção especial às contas que envolvem apuração de crédito e às que exigem segregação por tipo de operação.
3. Crie ou ajuste subcontas específicas
Para garantir clareza na escrituração e facilitar os cruzamentos fiscais, crie subcontas que reflitam a natureza das operações, como receitas com e sem direito a crédito, insumos essenciais ou não, e operações por tipo de regime. Além disso, tenha certeza de que estas novas contas estejam vinculadas corretamente aos códigos fiscais (NCM/CFOP) no sistema.
4. Documente os critérios de classificação
É importante registrar os critérios adotados para cada grupo de contas. Isso ajuda a manter a consistência nas classificações futuras e facilita auditorias internas ou externas.
5. Treine a equipe e atualize os processos
Após revisar o plano, garanta que todos os envolvidos estejam alinhados com a nova estrutura. Atualize os processos internos, padronize os lançamentos e promova treinamentos quando necessário.
6. Utilize um sistema contábil preparado para a Reforma
Contar com uma solução integrada, como o Scritta da Nasajon, faz toda a diferença. O sistema já está adaptado às exigências da reforma, ajudando na classificação automática e no controle preciso das informações.
- Leia também: Como o Simulador da Nasajon pode ajudar a antecipar os impactos da Reforma Tributária nos seus clientes?
A Nasajon pode ajudar na atualização do plano de contas
A Reforma Tributária vai exigir uma postura mais estratégica, mais analítica e, acima de tudo, mais estruturada dos escritórios contábeis. E para colocar tudo isso em prática com segurança, é fundamental contar com a tecnologia certa ao seu lado.
Na Nasajon, nossos sistemas já estão preparados para as mudanças trazidas pela CBS e IBS. O Scritta, por exemplo, permite que você revise e organize o plano de contas com a flexibilidade necessária para atender às exigências da nova legislação, além de facilitar a classificação de receitas, insumos e operações com critérios personalizáveis.
Outro diferencial é a integração entre os módulos contábil, fiscal e financeiro, o que torna o controle de informações mais eficiente e reduz os riscos de inconsistência.
Se o seu objetivo é manter a conformidade, aproveitar os créditos de forma segura e orientar seus clientes com precisão, a Nasajon é a parceira ideal para essa transição.
Quer revisar seu plano de contas com mais eficiência e segurança? Fale com um especialista da Nasajon e descubra como o Scritta pode ajudar seu escritório a se adaptar à Reforma Tributária com agilidade e tranquilidade.
FAQ – O que você precisa saber sobre o plano de contas e a Reforma Tributária
1. O plano de contas realmente precisa ser alterado com a chegada da CBS e IBS?
Sim. A Reforma Tributária muda a forma de apuração dos tributos, o que exige um plano de contas mais detalhado e alinhado às novas regras. Isso é essencial para garantir o correto aproveitamento de créditos e o cumprimento das obrigações acessórias.
2. Quais contas devem receber mais atenção na revisão?
Dê atenção redobrada às contas de receitas, insumos e operações tributáveis. Elas influenciam diretamente a apuração de créditos e você deve classificá-las de forma clara e técnica.
3. O que pode acontecer se o plano de contas não for ajustado?
Manter um plano de contas desatualizado pode levar à glosa de créditos, erros na apuração dos tributos e inconsistências nas obrigações acessórias, além de aumentar o risco de autuações fiscais.
4. A Nasajon oferece suporte para adaptar o plano de contas?
Sim. Os sistemas da Nasajon, como o Scritta, já estão preparados para atender às exigências da CBS e IBS. Eles oferecem recursos para revisar o plano de contas, classificar corretamente as movimentações e garantir a conformidade com a nova legislação.