Blog

Liderança feminina: a importância das mulheres nas empresas

Compartilhe

A importância da liderança feminina nas empresas

Março é o mês em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, dentro desse assunto podemos observar a movimentação das empresas realizando homenagens de diversas formas, falando principalmente sobre a igualdade de gênero e a importância da liderança feminina. 

Mesmo com alguns avanços, a igualdade de gênero ainda é uma questão  a ser socialmente discutida. No ambiente corporativo, a liderança feminina ainda se dá numa porcentagem menor, apesar do aumento de mulheres em posição de direção. 

Por décadas, mulheres tinham direitos básicos e mesmo depois, quando já inseridas no mercado de trabalho, ocupavam obrigatoriamente posições de auxiliares. Até hoje, o cenário ainda é de evolução, principalmente quando falamos sobre ter mais chances de capacitação e ocupação de cargos de liderança. De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 22% das mulheres recebem menos do que seus colegas corporativos homens. 

Segundo o relatório da Women in Business 2021, em 2004, a proporção de cargos liderados por mulheres de forma global era de 19% e desde então houve um grande progresso. Em 2021, este número aumentou para 31%. Quando falamos do Brasil, esse número vem crescendo gradualmente, segundo os dados do IBGE, em 2019 as mulheres ocupavam 37,4% dos cargos de liderança. Dessa forma, por mais que as mudanças venham ocorrendo de forma gradativa, ainda não se pode falar em igualdade. 

Neste artigo, convidamos duas mulheres, Amanda Vieira, gerente comercial e Isabela Lima, líder de marketing da Nasajon para falar sobre liderança feminina. Confira!

Amanda Vieira, gerente do comercial da Nasajon

A gerente comercial, Amanda Vieira, conta um pouco da sua trajetória até atingir o cargo que ocupa hoje. Ela iniciou na Nasajon em 2012, como supervisora de canais e em 2014 assumiu a liderança do setor comercial. Para ela, a liderança surgiu naturalmente, ao longo da sua carreira sempre esbarrou com mulheres fortes que ocupavam cargos de chefia e isso sempre a inspirou, ela recorda do seu primeiro emprego onde a gerente do banco em que trabalhava era a única mulher que estava na posição de liderança. 

Para Amanda, um de seus maiores desafios foi conseguir chegar em um cargo de liderança, já que os homens ainda ocupam nas organizações a maioria das vagas de chefia. “Meu desafio diário é ultrapassar essa barreira, mostrar que as mulheres também são capazes de ocupar lugares importantes dentro das empresas”, declara. Ela também relata que no início sentia dificuldades para se impor em situações onde a voz que prevalecia era masculina. 

Por estar em uma posição de estratégia, Amanda busca sempre explorar características femininas para liderar a sua equipe. Ela exalta a capacidade da mulher de multidisciplinaridade, capaz de fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo. A gerente diz que se sente feliz e realizada no ponto de vista profissional, além de acreditar que as mulheres têm certa vantagem ao ocupar cargos de liderança: 

“A mulher tem algumas habilidades e características que eu considero, inclusive, um diferencial, que é o equilíbrio entre o racional e o emocional, que faz a diferença quando a gente fala de relacionamento com a equipe, capacidade de percepção e a facilidade nas relações interpessoais.”, relata a gerente comercial.

Isabela Lima, líder de marketing da Nasajon

Após um ano e seis meses na Nasajon, a líder de marketing Isabela Lima, relata sua trajetória e experiência ao ocupar um cargo de liderança. Tudo começou com a oportunidade de ser analista de conteúdo de forma remota no auge da pandemia da covid-19. “A dinâmica de trabalho é diferente e mostrar seu trabalho nesse cenário de fato é desafiador”, comenta. Com o tempo, Isabela foi ganhando espaço para fazer colocações e opinar sobre os processos da empresa. 

No início deste ano, como forma de reconhecimento e confiança no seu trabalho, ela recebeu o convite para assumir a liderança da equipe de marketing. “Sou muito realizada por isso. É minha primeira liderança e me sinto desafiada todos os dias a fazer melhor que ontem. Esse é sempre o meu objetivo: dar um passo de cada vez, com aprimoramento e evolução constantes”, declara Isabela. 

Para Isabela, ser uma mulher em cargo de liderança é se sentir empoderada, no sentido mais amplo da palavra. “Esse lugar, por muitos anos, foi um lugar masculino e me ver nessa posição, ao lado de outras mulheres, me faz acreditar que estamos conseguindo fazer diferente dos nossos antepassados”, conta. 

Assim como Amanda, Isabela também partilha do mesmo sentimento ao se impor em determinadas situações tanto da vida pessoal quanto da vida profissional. Afinal, a sociedade é estruturalmente machista e, como as empresas são feitas de pessoas, o ambiente corporativo é um espelho do dia a dia.

“Como feminista que sou, fico muito feliz por perceber um movimento de atenção pública para a descriminação da mulher nos ambientes corporativos. Termos como misoginia, mansplaining, manterrupting e outras pautas feministas estão sendo amplamente discutidas, não somente nos ambientes de trabalho, mas de forma ampla pela sociedade e isso me deixa bastante animada. Essa conscientização pública é essencial para que nós, mulheres líderes, possamos ter uma rotina corporativa de igualdade”, conclui a líder de marketing. 

Para que mais Isabelas e Amandas existam dentro das empresas e os dados estatísticos mudem é necessário que a sociedade continue no movimento de inclusão, capacitação e empoderamento feminino. É preciso que as empresas tenham mais atitudes para realizar e traçar metas para alcançar a equidade de gênero, principalmente os de liderança feminina, oferecer por meio do RH treinamentos para inclusão, combate ao preconceito e também mudanças na hora do recrutamento. Assim, será possível que elas ocupem, cada vez mais, cargos de lideranças, alcançando um cenário justo no mercado de trabalho.

Por Ana Vargas, Franciele Oliveira e Beatriz Evangelista


Compartilhe