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Mulheres conquistam lugar de destaque no mundo corporativo

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Em março, mês em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher, vemos muitas empresas prestando homenagens emocionantes em suas páginas de comunicação e gerando campanhas para presentear suas colaboradoras, a fim de demonstrar o carinho e a gratidão pelo trabalho que têm exercido.

Porém, no contracheque, estudos ainda apontam a desigualdade entre gêneros no mercado de trabalho brasileiro. 

Uma pesquisa realizada pela empresa de recrutamento online Catho, no fim de 2020, aponta que a diferença de salário entre homens e mulheres, em cargos variados, está entre 15% e 47%, tendo como exceção apenas o cargo de assistente/auxiliar que paga cerca de 2% a mais para as mulheres.

Até mesmo mulheres com pós-graduação, MBA ou especialização chegam a receber 47% a menos do que os seus pares homens.

A melhora desse quadro deve ser levada em consideração, uma vez que, em 2009, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) registrou salários de homens cerca de R$ 1.700 acima do valor recebido pelas mulheres.

Também é preciso observar que o número de mulheres em cargos de liderança dobrou nos últimos anos. Por isso, vamos discutir ao longo deste artigo as dificuldades enfrentadas por mulheres durante o período de pandemia e as vantagens de ter uma mulher como líder em sua empresa.

Mulheres em home office

A jornada dupla das mulheres já é mundialmente conhecida. Apesar de serem capazes de administrar mais de uma atividade ao mesmo tempo, a mudança de local de trabalho do escritório para a casa foi um desafio. Para as que se colocam à frente das responsabilidades domésticas, os obstáculos foram ainda maiores.

Como as escolas ficaram fechadas, as mulheres que são mães precisaram se desdobrar para incluir a atenção que a criação dos filhos exige em pequenos intervalos ao longo do horário comercial.

Em 2019, o IBGE divulgou que a taxa de realização de afazeres domésticos das mulheres foi de 92,2%, enquanto a dos homens totalizou 78,2%. Historicamente, a responsabilidade pelos cuidados com a casa também cai sobre as mulheres. 

Todos esses dados apontam que a necessidade repentina de trabalhar em casa foi um novo e grande desafio para as mulheres. 

Como consequência, muitas optaram por abrir mão de suas vidas profissionais durante a crise. 

Os impactos também foram sentidos pelas que se mantiveram no mercado, pois precisaram mostrar mais empenho e dedicação para suprir a demanda. 

Mulheres em cargos de liderança

O Brasil tem avançado quando o assunto é equidade de gênero nos cargos de liderança. De acordo com a GPTW (empresa responsável pelo ranking de melhores empresas para se trabalhar), as mulheres representam pouco mais de 10% dos cargos de CEO atualmente. Por menor que esse percentual possa parecer, indica um aumento significativo se comparado ao ano de 2007, quando apenas 7% das empresas atribuíam esse título às mulheres.

Hoje, sendo vistas cada vez mais como absurdas, as desculpas para tal resultado eram de que a gravidez as afasta por tempo suficiente para afetar na produção e até mesmo que não passam credibilidade o bastante. 

O fato é que, ressignificando essa realidade, as mulheres têm se mostrado cada vez mais ambiciosas em suas carreiras e colocado sua voz no mercado.

Em 2020, a Harvard Business Review realizou uma pesquisa com 454 homens e 366 mulheres a fim de analisar cada grupo como líder. O resultado foi que as mulheres saem significativamente melhores do que os homens, principalmente em períodos de crise, tendo melhores resultados em 13 de 19 competências.

Foram consultados ainda alguns subordinados diretos dos participantes, que avaliaram suas líderes mulheres com um melhor desempenho nas habilidades interpessoais, como “inspira e motiva”, “comunica-se poderosamente”, “colaboração / trabalho em equipe” e “construção de relacionamento”.

Os funcionários também responderam sobre o que eles consideram importante em um líder atualmente, mostrando que líderes capazes de articular e aprender novas habilidades se empenham para o desenvolvimento dos funcionários; mostram honestidade e integridade;  são sensíveis e compreendem o estresse, ansiedade e frustração do time. 

As características procuradas são frequentemente encontradas em mulheres que, além destas, também são capazes de manifestar atitudes comuns em homens, enquanto eles, em maioria, manifestam características fortemente masculinas.

Diversidade na tomada de decisões

Não é novidade que o mercado se mostra cada vez mais exigente na hora de comprar ou contratar um serviço. Pensando nisso, a multinacional especializada em consultoria de gestão, tecnologia da informação e outsourcing, Accenture, realizou uma pesquisa que mostra que 46% dos compradores preferem empresas que apresentam pessoas diversas em seu quadro de funcionários.

Além disso, estão dispostos a pagar 5% a mais por um produto quando percebem que a corporação leva a diversidade como prioridade.

Então podemos entender que o Dia Internacional das Mulheres já deixou de ser um agradecimento pelas mães e esposas maravilhosas que elas são há muito tempo! É preciso dar valor e reconhecer a força que elas representam para a sociedade como um todo e, em destaque, para o mundo corporativo. 

A Nasajon já trabalha com essa diversidade contratando mulheres na liderança de diversos setores, como recursos humanos e vendas, por exemplo. 

No RH, com o time 100% composto por mulheres, ações para motivação dos colaboradores têm sido constantes, muito criativas e se adaptando rapidamente às circunstâncias da pandemia, gerando sentimento de acolhimento e pertencimento aos funcionários e, como consequência, aumentando significativamente a produtividade.

Já em vendas, foram diversos recordes batidos. Além da gerência feminina, o time é 69% feminino, proporcionando aos clientes um atendimento mais próximo e acolhedor, o que aumenta os resultados.

A empresa está em constante crescimento, principalmente por se preocupar muito com seus funcionários. Não é à toa que está há 18 anos entre as melhores empresas para se trabalhar, segundo a GPTW.

Por Vitória Brandão


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