
Se você tem uma empresa ou cuida da parte financeira e contábil de um negócio, saiba que o Open Banking promete causar impactos positivos no crescimento dela e, claro, no seu dia a dia de trabalho. O modelo criado pelo Banco Central e que em breve deverá ser chamado de Open Finance vai possibilitar que bancos e fintechs ampliem a oferta de produtos e serviços financeiros a partir do acesso – sempre autorizado – aos dados de clientes. Por isso, o principal favorecido nesse novo modelo financeiro será o consumidor, seja pessoa física ou jurídica.
A primeira fase do Open Banking começa no dia 1º de fevereiro de 2021. Nessa etapa, os bancos e fintechs participantes deverão divulgar informações sobre os produtos e serviços oferecidos, para que os interessados possam consultá-las e compará-las.
Enquanto a fase de expansão dos serviços, de fato, não acontece (está prevista para dezembro de 2021), vale ficar por dentro de como será o Open Banking na prática para preparar a sua empresa ou organizar um plano de ação para tirar vantagem do novo modelo.
O Open Banking e a mudança para Open Finance
O objetivo do compartilhamento de dados promete fazer com que os grandes bancos ampliem a oferta de produtos e serviços financeiros, aumentando, assim, a concorrência. Os correntistas – tanto pessoas físicas quanto jurídicas – vão passar a receber melhores condições de crédito, taxas e serviços do mercado financeiro como um todo, e não apenas do banco onde tem conta aberta.
Mas o Banco Central vem amadurecendo esse conceito inicial: em breve, a proposta é que o fundamento seja baseado, também, em informações sobre produtos como investimentos, seguros, previdência, hipotecas, entre outros. Por isso, o nome do projeto deverá ser alterado para Open Finance, como já acontece no Reino Unido, onde se originou o Open Banking.
Fluxo de caixa único será maior vantagem do Open Banking para empresas
O Open Banking promete resolver uma das principais dificuldades de qualquer empresa, principalmente as de médio e grande porte: a organização financeira. A necessidade de ter contas abertas em diversas instituições demanda atenção redobrada ao fluxo de contas a pagar e a receber, mas com o novo modelo, será possível ter o fluxo de caixa unificado. Se uma empresa autorizar o compartilhamento dos dados, o Open Banking vai padronizar as informações, e as transações entre diferentes instituições ficarão mais fáceis, seguras e rápidas.
Além disso, se compartilhar, ainda, o histórico financeiro, as empresas também conseguirão melhores taxas e linhas de crédito em um banco específico, assim como acontecerá com pessoas físicas. Na prática, os produtos financeiros, empréstimos e aplicações passarão a ser tratados como se fossem um produto de consumo e haverá um forte mercado concorrencial.
Imagine que a sua empresa precisa de uma linha de crédito, mas o banco 1, no qual tem conta aberta, não oferece um crédito tão vantajoso. Você pode permitir que o banco 2 tenha acesso aos seus dados, analise seu perfil e ofereça melhores opções para você e seu negócio.
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Open Banking facilitará a gestão da Contabilidade Gerencial
O Open Banking vai facilitar a rotina de quem faz Contabilidade Financeira mas também abrirá espaço para a gestão de uma Contabilidade Gerencial e Consultiva – que é extremamente necessária para ajudar a alavancar as empresas. Os profissionais contábeis terão mais facilidade em acessar os dados dos clientes e conferir as movimentações bancárias, o que permitirá agilidade para analisar estratégias.
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Por Beatriz Doblas.